Assim era a vida e tudo ao redor;
Sem cor e de um imenso vazio;
Nem branco nem preto;
Uma mistura turva e ingrata;
A dor que trazia junto consigo;
Maculava a visão;
Impedindo a percepção do belo,
Do novo, da vida.
Não havia flores, nem mar,
Nem pássaros cantando,
Nem crianças sorrindo...
O desejo de morrer lhe vinha com força...
Mas como morrer se nem vivo era...
Acabar com a tristeza, a magoa, a dor...
A lembrança do que se perdeu...
Lembrava-se de dias felizes
Nos quais se ajoelhava-se,
Orava, louvava, vivia...
Sentia a presença do Eterno próximo e...
Aquecia-lhe o coração...
Por que deixará as más companhias...
Lhe impregnar com falsas idéias de liberdade,
Se sabia que eram escravos do pecado...
Por que bebeu daquela fonte amarga...
Se era acostumado a mel.
Andou a procura do que nunca perdeu...
E encontrou uma mesa...
Astuciosamente preparada pelo diabo;
E os “amigos”?
Se foram como água escorrendo pelos dedos,
Das lembranças só humilhações e ataques...
Como não viu isso antes?
A droga ilusória, a bebida que inebriava;
O cigarro a prostituição, laços bem armados...
Que lhe resta?
Aquela ponte que um dia atravessou...
Te convida de volta....
Aqueles braços que um dia deixastes;
Estão ainda abertos....
O sorriso que um dia perdestes,...
Continuam a iluminar a face d’Aquele que tanto te ama!
A mão continua estendida...
E o coração aberto a te chamar,
Aceite este chamado atravesse a ponte novamente e veja as cores;
E o sorriso voltará aos seus lábios.
E só então verás...
A vida, a Vida, te convida.
*João 10:27
Ernesto Luis de Brito
Pastor Ernesto Luis de Brito
Barcarena-Pa, 01/03/2011.
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