O Senhor te vê!

No silencio das madrugadas te encontras com Ele;

As vezes sorrindo, outras chorando;

Conversas coisas que os ouvidos humanos não sabem;

Se expõe sem reservas àquele que sonda o coração;

Ele contempla a verdade dentro do coração;

E navega em teu espírito;

Assim sem reservas te atendes;

Te secas as lagrimas;

Mas as vezes Ele próprio as faz rolar;

Lagrimas rolam não de tristeza;

Mas de amor e devoção ao Todo Poderoso;

Por vergonha de nós mesmos;

Tentamos esconder nossos erros d’Ele;

Ele se ri de nossa infantilidade;

Poe nossas justiças em uma balança;

E em outra nossas falhas muito mais pesadas;

E, novamente ri, de tentarmos nos apresentar;

Erroneamente confiantes em nossas forças;

Ele pega nossas justiças e erros e os lança para cima;

Também nos pega e joga pro alto;

E sem reservas estende seus braços de amor e nos ampara;

E diz filho, não temas.

E, de novo, de alegria, você  chora;

Deita nos seus braços de amor;

E dormes sabendo que Ele esta cuidando de ti.     

Pastor Ernesto

Retorno!

Eu fui, nem tento esconder isto;

Salta a vista de qualquer que me olhar;

Não me censure as vestes rasgadas;

São marcas de dias de sofrimento e privações;

Nem tampouco as cicatrizes;

Vieram de lutas que não eram minhas;

Feridas abertas que dilaceravam sem doer;

Destruíam sem que eu percebesse;

Também peço que desculpe o cansaço;

Foram dias de caminhada fatigante;

Sem inicio nem fim;

A magreza que trago é de fome que eu passei;

Este sou eu, ...;

Mas e você? ...

Precisei e não te encontrei;

Onde estavas que não me ouvias?

Tu que se intitula Servo;

Missionário, ministro...

Não viu o meu desespero? A agonia?

Te estendi as mãos e você ignorou;

Mas mesmo assim consegui voltar;

Depois que eu tiver me lavado;

Quem sabe você me de um abraço;

Quem sabe um aperto de mão;

Mas eu gostaria de te dizer algo antes;

Tem muitos iguais a mim lá fora;

Será que seremos bem vindos no seu meio?

Será que não vamos sujar seu chão encerado?

Suas poltronas limpinhas?

Será que os drogados poderão vir e encontrar ajuda?

As prostitutas encontrarão repostas a suas vidas?

Se não formos bem vindos avise;

Quem sabe na outra igreja encontremos;

Braços solidários que nos recebam;

Água-da-vida para matar nossa sede;

Pão-da-vida para saciar-nos a fome;

Cristo para a salvação;

“Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apoc. 22:17)

 

Barcarena-PA,12 de março de 2012

Pastor Ernesto Luis de Brito

Pr. Ernesto Luis de Brito

Silencio!

Que silencio angustiante;

Ele não fala nada;

Preciso ouvir a voz de Deus;

Mas Ele se recusa a falar comigo;

Minha alma esta dolorida;

Clamando pela sua resposta mas, silencio...

Onde esta Deus?

Será que esta muito ocupado para mim?

A realidade de não ouvir Deus é tão louca; que enlouquece o homem;

Quando não o vemos;

Criamos uma imagem sua a nossa maneira;

E esta será nosso novo deus;

O criamos a nossa vontade e nos escravizamos depois;

Mas o que se fazer quando não se encontra Deus?

Uma paixão humana poderia substituí-lo?

Talvez uma pedra de craque?

Uma morte substituir a vida? Impossível;

Preciso ouvir Deus falar;

Talvez se eu ficar em silencio um pouquinho;

Calar minha boca, emudecer minha ansiedade;

E me afastar dos cuidados do mundo;

Por um único instante;

Poderei ouvir Deus falar;

No meu silencio.

“Aquietai-vos e sabei qye eu sou Deus” Salmo 46:10a.

Barcarena-PA,10 de março de 2012

Pastor Ernesto Luis de Brito

Pr. Ernesto Luis de Brito