Um dia aterrissou em nosso planeta Terra um astronauta
Kruniano.
Ele trazia na aljava bons projetos.
Mas não conseguia se fazer entender.
O Kruniano gesticulava mas ninguém entendia.
Coisas que para ele eram básicas, como comer pedras
por exemplo, eram impossíveis para nosso povo.
E entender que nosso povo precisava beber agua para
viver era inimaginável para nosso Kruniano.
Ele tinha boas intenções, mas eram boas intenções de
Kruniano, não serviam para terranos.
Foi bem recebido, para admiração nossa, creiam. Mas...
Dia a dia ele se afastava por não conseguir se fazer
entender.
Até que ele entendeu...
A língua dele era de Kruni e ele estava na Terra.
Língua diferente, costumes diferentes, moral
diferente, personalidades diferentes, caráter diferente...
E a saudades de sua casa aumentava.
Os amigos, os parentes, as comidas, os animais, as
plantas... tudo lhe trazia saudades...
Ele tinha esquecido de trazer o coração. Tinha trazido
todos os seus bens... o corpo todo... mas seu coração ficou...
E ele ia morrendo aos poucos...
Mas antes de morrer resolveu voltar...
Nem disse adeus... isso é coisa de terrano... e ele não
era daqui... era de Kepler-186f. Semelhante... mas não igual..........
Barcarena-Pa, 12/01/2015.
Pastor Ernesto
Luis de Brito
Pr. Ernesto Luis de Brito